Suportar o ódio, suportar o próprio ódio: os casos R.N., S.I. e os limites da clínica de Ferenzi.

O presente artigo consiste na investigação das articulações ferenczianas sobre o manejo da transferência diante do risco da reincidência traumática na clínica. O percurso contempla do questionamento da posição do analista desde os primeiros escritos de Ferenczi, bem como problemas clínicos, que o levaram à sua teoria do trauma e da identificação ao agressor e à proposição da elasticidade da técnica psicanalítica. Para ilustrar a íntima relação entre construção teórica e investigação clínica, os casos R. N. (Elisabeth Severn) e S. I., do Diário clínico de Ferenczi, são abordados, demonstrando a necessária implicação do analista no manejo clínico, quando o ódio traumático reincide na transferência, em busca de simbolização.

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FREHSE PEREIRA, PRISCILA
Suportar o ódio, suportar o próprio ódio.
Cad. psicanal, vol.37, no.33  – Rio de Janeiro, dez 2015.