Dia 29/04 temos mais uma edição do Abertura. Nessa edição tralharei o tema: “É tudo culpa da mãe? Paradoxos do sadismo na clínica psicanalítica.” Os ingressos já podem ser adquiridos no Sympla.
Deve-se queimar Sade?, perguntou Simone de Beauvoir.
Esta Abertura se constrói em dois atos, com o objetivo de problematizar o estatuto da raiva e da agressividade das mulheres na psicanálise.
No primeiro tempo, partindo de autores clássicos da psicanálise, será realizada uma leitura de A filosofia na Alcova, de Sade, apoiada em Kant com Sade, de Lacan, e nas visões de Freud, Ferenczi e Winnicott sobre o sadismo. Derivada deste percurso, deparamo-nos com uma pergunta sobre o lugar da Mãe na teoria psicanalítica “clássica”, e sua relação com as teorias do sadismo, do masoquismo e da submissão na clínica psicanalítica.
No segundo ato, ensaístico, na companhia de autoras feministas, a discussão partirá do filme homônimo A filosofia na Alcova, dos Satyros, que reinsere a problemática do pathos na discussão e permite repensar a relação entre mulheres desde a perspectiva de Sade. A mudança no desfecho da trama traz a abertura para uma releitura do mito do amor materno, do prazer e do gozo das mulheres e, especialmente, da destrutividade, da agressividade, da raiva, da submissão e das lutas das mulheres. Saidiya Hartman, Audre Lorde e Jacqueline Rose, entre outras, estarão em minha companhia nessa articulação teórica que pretende esboçar algumas das implicações dessa discussão no manejo e direção de tratamento nas análises.
Contamos com a sua participação!